A freguesia da Amendoeira é muito antiga e nela há vestígios de civilizações de outros tempos, de que hoje somos descendentes, como é exemplo muito importante a Terronha de Pinhovelo, que se encontra no antigo território dos Zoelae, um povo anterior e contemporâneo dos romanos. Mas há mais vestígios de anteriores ocupações, como pedras com insculturas na Serra de Ala, nas Alturas de Latães, ou nas rochas e no planalto do Monte do Facho.
A freguesia da Amendoeira pertenceu ao concelho dos Cortiços até à sua extinção em 1853, passando a incorporar o concelho de Macedo de Cavaleiros a partir dessa data. Exceptuava-se Pinhovelo, vila e concelho até à reforma de 1836, como o atesta o Pelourinho do largo, interessante monumento nacional com o escudo das armas nacionais. Actualmente estão agregadas à freguesia da Amendoeira as localidades de Latães, Gradíssimo e Pinhovelo.
Do património é de salientar ainda a igreja de Pinhovelo, com uma pintura de Isolino Vaz, um pintor portuense em voga em meados do século XX, colocada no altar-mor aquando das obras de reabilitação do templo; a de Gradíssimo, em que a lâmpada do Santíssimo arde por legado pio de D. Joana Alexandrina da Costa, fundadora do Hospital de Macedo, natural desta aldeia; e a de Amendoeira, com boa talha.
Na capela de Latães, a Santo Antão, há uma interessante pequena pintura em madeira no altar de proporções maneiristas, relacionada com o tema do Omnisciente, o olho no interior do triângulo equilátero. Na Amendoeira refira-se ainda a Fonte do Sepúlveda, de granito aparelhado.
O vale que lhe está a oeste, onde fica Pinhovelo, foi usado como zona de cultivo agrícola como ainda hoje acontece. Nalguns terrenos apareceram restos de sepulturas romanas com inscrições. As lápides estão guardadas no museu de Bragança e há uma numa parede da Casa Malheiro, actualmente a funcionar como unidade hoteleira de turismo rural.
Como curiosidade permanece a lenda do Poço das Ondas, num local entre Latães, Amendoeira e Gradíssimo onde ocorreu um fenómeno geológico de abatimento do terreno. O povo diz que abriu-se no solo um buraco enorme e medonho com tanta água que até fazia ondas e foi preciso juntarem-se pessoas das diferentes povoações para tapar com pedras o dito buraco, antes que este afundasse tudo e todos.